viernes, 9 de julio de 2010

A dor (do nor) deste.

Em pleno cangaço
o corpo da mulata não foi feito pra sentir frio.
Aqui no meio do nada, só tem eu e o sanhaço,
que Maria Bonita já fugiu.

Com Lampião logo atrás,
levavam o bando e um capataz,
lambe botas do patrão,
que matava negro, índio e irmão.

De baixo do umbuzeiro,
ele fez nascer a menina, filha do sertão:
mãe baleada e pai ladrão.

A metralhadora nunca mais se ouviu,
foram traídos, cortaram-lhes as cabeças.
"Agora quem manda aqui, é a policia Civil"

1 comentario:

Raíssa Londero dijo...

Muito legal menina!
QUENTE E LETRISTA!

Poesia é como um vento rebelde...
Parabéns. Estou te seguindo.
Beijo